segunda-feira, 12 de março de 2012

Parecer com serpentes e dragões virou moda



.
"Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo". 2 Co 11 v. 3

Já deixo claro que eu não estou incentivando ninguém a odiar serpentes, não estou instigando ninguém a sair matando este animal que também foi feito por Deus e tem sua importância na natureza, mas o meu propósito é levar você para uma reflexão sobre o que leva um jovem a ter esta atitude.

Eu quero apenas expor a situação praticada por alguns jovens que têm o prazer de cortar a sua língua ao meio para parecer com serpentes.

O que leva um jovem mutilar a sua língua apenas para ter esta aparência?

Quais são os valores que constroem a vida destes jovens?

Para alguns ser cristão é loucura, é idiotice, é jogar sua juventude pela janela, mas cortar a língua ao meio para ser um homem cobra não!

Adorar o criador é loucura, mas parecer à criatura é lindo!

Dizer que é cristão é motivo de gozação, mas cortar a língua, modificar o corpo e ficar pendurado por ganchos é radical!

Ficar parado em um bar tomando todas e sair bêbado com o carro a ponto de matar os outros ou perder a sua própria vida em um acidente, é mostrar que é “livre”!


Ser parecido com Jesus é algo ultrapassado, mas querer ser como o diabo é algo interessante! Os demônios são super heróis da garotada.

A inversão de valores está em alta, o relativismo é o dogma de muitos que se sentem “livres”, mas na verdade estão presos pela suposta liberdade.

Valores bíblicos são deixados de lado até por aqueles que estão dentro de uma igreja, o que vale é a moda e santificar qualquer atitude é radical e é gospel!

Homens cobras

Esta atitude está preocupando a sociedade, já existem mais de 2.000 pessoas com a tal língua de serpente.

Alguns Estados americanos estão querendo proibir a operação devido a tantos problemas como hemorragias difíceis de serem controladas e até mesmo infecções que podem afetar a garganta, sem contar que algumas pessoas que podem ter problemas na fala e até em sua vida social, profissional e sentimental.

Seria preconceito não querer ter um “jovem serpente” como o seu funcionário?

Não, da mesma forma que estas pessoas escolhem e tem o direito de fazer o que quiser com a sua língua, o proprietário de uma empresa tem o direito de escolher o modelo padrão que representa a sua empresa.

Não são todos que estão dispostos a ter na empresa uma pessoa que coloca as suas vontades como prioridade não importando a conseqüência deste ato. Ser livre é assumir a responsabilidade dos seus atos, mas alguns não querem assumir as suas escolhas.

Esta atitude de não querer ter um "Homem Víbora" não é um ato preconceituoso. Será que eu devo reprimir a minha opção de escolha para contratar alguém que eu não quero?

Se para este jovem, colocar como prioridade a sua vontade sem se preocupar com as conseqüências do que pode acontecer depois, ele não tem o que reclamar quando alguém coloca sua prioridade também.

Se ele quer ser livre, outros também querem.

O não aceitar certas atitudes não quer dizer que é preconceito, devemos analisar as questões que envolvem os nossos atos e como vai ser recebido pela sociedade.

Temos o direito de expressar as nossas opiniões e vontades da mesma forma que eles têm o direito de se mutilar.

Se fosse uma operação necessária visando resolver um problema de saúde poderíamos chamar a atitude de preconceituosa, mas esta questão é bem diferente.

Não estamos falando de uma pessoa que sofreu um acidente ou nasceu desta forma e ficou com um problema físico, mas aqueles que se mutilaram por escolha própria.

ISTO SERIA BOM PARA UM JOVEM CRISTÃO ?

Pare e pense: seria bom para um jovem cristão cortar a língua para parecer com serpentes?No meu ponto de vista, não. Como já disse, querer parecer uma serpente não é nada bom.

Isso limitaria a sua evangelização, não seria todos que levariam suas palavras a sério pelo sentido que este jovem deu a sua vida.

Os nossos atos são espelhos dos nossos valores.

Um jovem cristão tem que ter um único objetivo em sua vida, buscar a aparência de Cristo, agir como Cristo e ler sua palavra para conhecer mais de Cristo.

O problema não é aceitar estes jovens que vem de fora para dentro da igreja, pois quando eles fizeram isso, não tinham conhecimento da palavra de Deus, mas como entender um jovem que conhece a palavra do Senhor e quer fazer tal mutilação?

A desculpa é aquela de sempre, somos livres, podemos fazer qualquer coisa e Jesus não está preocupado com a aparência exterior, mas a interior.

Não esqueça que esta aparência é algo que passa como chuva passageira, a própria palavra de Deus diz que a aparência passa - "E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa". I Co 7v. 31.

E ai quando a moda passar como ficará a sua aparência?

· Será mais difícil de conseguir um seu emprego!
· Será mais difícil arrumar uma namorada que queira casar-se com uma 'víbora'!
· Será mais difícil chegar ao pastorado, se você almeja um dia ser ministro de Deus.
· Será mais difícil fazer tudo!

A aparência conta muito para a sociedade, podemos ver em alguns seguimentos do trabalho que muitos não podem ter tatuagem ou fazer estas mutilações porque não teriam o respeito da própria sociedade. 


Você não precisa disto para ser radical – viver a palavra de Deus já é algo radical!

Dizer não ao álcool, as drogas, as baladas, não ao processo de adestramento social que incute em sua mente que é necessário ter tatuagens ou piercing já é ser radical.

Isso é andar na contra mão do sistema do mundo de hoje.

Podemos impactar a vida de muitos jovens com outras atitudes, mas fazer a mesma coisa que os outros jovens fazem de você “Maria vai com as outras”.Tenha liberdade e coragem de dizer:” Eu sou de Jesus, Ele é o meu salvador e ninguém pode me separar do amor de Cristo”. Isso é ser radical.

Ser radical não é beber tudo que quiser e ficar com a boca na sarjeta porque não consegue ficar em pé. Ser derrubado por um líquido é demonstrar escravidão e não liberdade. É claro que muitos já não conseguem viver livres destas drogas, mas Jesus pode libertar você deste vício maldito.

Ter Jesus na veia é mais interessante do que ser radical apenas no visual.

Não queira ser como uma serpente, mas como Cristo.

Autor: Pr. Alexandre Farias
Fonte: [ Blog do autor ]
.

Um raio-x da juventude evangélica brasileira


.

Há algumas semanas acompanhei um fórum num grupo batista de debates no qual se questionava se os jovens fazem ou não diferença na vida da nossa denominação. Não escondi minha empolgação por saber que, naquela ocasião, os olhos de muitos se voltavam especialmente para a juventude. Porém, a empolgação foi logo substituída por outro sentimento: preocupação. Sim, pois naquele debate vi a realidade de nossa juventude ser exposta diante de uma acurada análise. E os resultados não foram os mais satisfatórios.

Embora existam boas e louváveis exceções, uma das principais marcas da geração atual é a pouca resistência aos efeitos da pós-modernidade. Vemos, de norte a sul do país, juventudes inteiras desmotivadas e pouco comprometidas com Deus, sua Palavra e sua Igreja. Numa espécie de raio-x constatamos que a maioria dos jovens dá pouco ou nenhum valor a questões como vocação e espiritualidade. Sonham e vivem hoje exclusivamente em prol da profissionalização e de inesgotáveis graduações. Estas são as “bolas da vez”. Uma espécie de segunda “descoberta da pólvora”. Já o reino de Deus cai sempre pra escanteio e vira, inevitavelmente, segundo plano.

E a espiritualidade deles, onde fica? Boa notícia: ela não acabou nem morreu. Está apenas num estado de “hibernação”. Quando o inverno das buscas profissionais e intelectuais passar, eles planejam despertar. Sejamos francos: há sim um desejo múltiplo de “adoração”, só que quase sempre (e apenas) por meio de “louvorzões”, congressos, festivais, gincanas etc. Contudo o cultivo de valores cristãos na vida pessoal é algo cada vez mais raro. Há pouco ou quase nenhum interesse pela genuína Palavra de Deus.

Lamentamos ainda por saber que, embora tendo um número razoável de jovens como membros de nossas igrejas, eles não representam ainda sólida e significativa expressão nem para a vida denominacional nem para o país. Nossa relevância para o Brasil varia entre discreta, despercebida e inexistente...

Mas nem tudo está perdido. O lado bom da análise nos faz vislumbrar uma juventude que, embora não sendo 100% ativa, traz sobre si altíssimo potencial. Nossas igrejas são verdadeiros celeiros de jovens que têm em si muita capacidade e desejo de servir ao nosso Deus, e que apenas precisam saber quais os principais meios para fazê-lo. E os principais responsáveis para que estes potenciais sejam transformados em ação concreta são nossos líderes denominacionais (locais, estaduais e nacionais).

Com vistas a essa realidade, propomos a cada líder, em qualquer esfera em que esteja servindo, a se empenhar (ou continuar se empenhando) para mudarmos esse quadro.

Que a nossa geração possa deixar bons frutos. E que esses frutos gerem outros. Que marquemos a nossa geração não apenas sendo contados junto àqueles que são, diariamente, consumidos pelos efeitos da pós-modernidade. Que a nossa maior glória não seja apenas ser conhecidos como jovens de destaque na medicina, engenharia, docência e tantas outras ciências. Mas que sejamos conhecidos, principalmente pelas gerações que nos sucederão, como verdadeiros adoradores do Deus vivo; como servos fiéis do Senhor da seara. Porque, no final das contas, descobriremos que isso é o que realmente vale a pena.

Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe neste propósito. Jovens, lutemos juntos pela salvação do nosso povo. Eles não podem mais esperar. É tempo de avançar por amor aos brasileiros!


• Francisco Helder Sousa Cardoso é presidente da Juventude Batista do Pará..
fheldersc@yahoo.com.br  - Fonte: [ Ultimato ]